sábado, 9 de abril de 2011

A carta

É para ti.
Se a mereces? Não sei.
Gosto de acreditar que sim.
Gosto de lembrar aquele tempo em que tudo parecia tão simples. Quando não era preciso pensar no que vinha a seguir. Quando o que se passava à nossa volta não era importante. Quando os nossos encontros eram o melhor daquela semana. 
Gosto de relembrar as conversas, da tua voz agradável e da tua maneira de me olhar fazendo-me sentir a mulher mais bela do mundo. Para mim não havia melhor do que a tua presença a meu lado, do teu olhar malandro ignorando tudo o resto. 
Gosto de pensar no que seria se algo tivesse sido feito de maneira diferente, gosto de criar uma história alternativa, de viver num mundo paralelo em que o comportamento fora outro.
Não nos devemos prender ao passado, eu sei... Mas quando o passado foi tão forte não há mal em relembrá-lo, pois não?
Gosto da ideia de ti, do teu "eu" do passado e gosto de te ver ao longe e de sorrir pelo simples facto de que existes. Pode parecer demasiado forte mas foste um forte pilar para o que hoje sou. E, se hoje tenho orgulho de mim é graças a ti. 
É por isso que existe esta carta, há muito na minha cabeça. Mas que merece maior destaque. Merece que todo o mundo saiba do quão importante uma pessoa pode ser.
E é a pensar no nosso antigamente que continuo, porque apesar de tudo, gosto de acreditar que também o fazes constantemente. E a prova disso é o teu sorriso malandro quando passas por mim, como se nada tivesse mudado.
Se guardo rancor? Não, tudo na vida tem um sentido.

Se fui feliz? Fui, muito...
Se sou feliz? Sou, porque te conheci.
Serei feliz? De certeza, foste tu que ensinaste...


Esta carta é dedicada. A quem? Não interessa, é dedicada...


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