segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Sim, sou contra os do contra

Incomoda-me abrir a página inicial do facebook. A liberdade de expressão é muito bonita, sim senhora, mas estou farta de ser constantemente bombardeada com imagens contra o Passos Coelhos. contra as pessoas que comem carne, contra os religiosos, contra... sempre contra...
Pegando no exemplo dos que estão contra o Passos Coelho: acreditam mesmo que o melhor é que ele se demita, que haja outras eleições (que irão originar mais despesas) e que venha alguém mais merecedor do seu papel? Não que eu tenha votado no senhor, porque não votei. No entanto, estou absolutamente surpresa pela positiva com o seu desempenho. Os tempos não estão fáceis, todos o sabemos. Há injustiças que permanecem, mas isso sabemos que o haverá sempre.
Vamos lá, sejamos sinceros: não está na altura de ser do contra? Eu acho bem haver oposição, é uma maneira de avaliarmos o nosso trabalho e esforçarmo-nos sempre mais. Mas é preciso saber ser do contra. É que eu começo a ver muita gente ser do contra só porque sim. Simplesmente porque acha que tem o direito a tudo e mais alguma coisa e que as coisas se resolvem magicamente.

Quando li esta notícia não consegui conter um sorriso: é preciso muito estômago para aguentar com tanta crítica, com tanta oposição e ter um comportamento digno como este. E sim, sei que vai haver quem diga que só o fez pelas aparências. Mas ponham-se no lugar do senhor e digam-me o que fariam: eram capazes de continuar com o vosso belo discurso com alguém a ostentar um cartaz deste género? É preciso muita força. E por isso, o senhor subiu mais um pouco na minha consideração.

Sei que daqui a uns anos vamos estar bem, e também sei que depois disso estaremos pior: nessa altura os que agora são do contra vão dizer "se fosse no tempo do Passos Coelho...". Pois é, quando temos algo bom estamos contra, até nos fazer falta.

E sim, eu também estou desempregada, tenho um curso superior que para já não me dá nada, ainda moro com os pais que ainda me sustentam. E sim, é desesperante. Mas não é com manifestações que vou ter uma vida melhor. Não é a ser do contra que vou sair de onde estou. 

É aceitando o que a vida me dá, acreditando que o melhor ainda virá, sem rancores e sem manias, que vou conseguir o que quero.

É que sejamos sinceros: quanta mais guerra fizermos, mais guerra teremos.

E por isso: sim, sou contra os do contra...



1 comentário:

Isabel G. disse...

Gostei muito de ler este teu texto. E concordo!