segunda-feira, 18 de abril de 2011

A política da Juventude

Política. Partidos. Abstenção. Eleições. Pensamos nisto? Ou “deixamos andar”?

A sociedade tende a tecer teorias sobre o envolvimento dos jovens na política. Porque é que isso é importante? Por causa da tão célebre frase “os jovens são o futuro”. Quando somos mais novos, ouvimos os nossos pais conversarem sobre muitos assuntos. A maior parte das vezes que queremos saber do que se trata a resposta imediata é “Ainda és muito novo para saber.” Provavelmente é o que se passa relativamente à política. Quando se integra o Ensino Básico e o Ensino Secundário “chovem” iniciativas, que no fundo têm a ver com a política, em que grande parte dos jovens adere com entusiasmo. O “Hemiciclo – jogo da cidadania” que agora se chama “Parlamento dos Jovens” é uma das iniciativas mais ricas e mais estimulantes que os jovens do Ensino Secundário têm para potencializar o seu carácter político. Neste programa os jovens podem debater ideias que promovem a cidadania. As Associações de Estudantes são mais um elo de ligação à política. Desenganem-se aqueles que pensam que estas iniciativas se destinam única e exclusivamente aos alunos de excelência. Apesar de ser visível que são estes os mais procurados vivemos num mundo que necessita, cada vez mais de prática e não de teoria porque “palavras, leva-as os vento”.

Se há tantas iniciativas, porque é que se continua a dizer que os jovens não se interessam pela política? As iniciativas que foram referidas tocam os jovens porque dizem respeito ao seu mundo, às suas ideias, ao seu modo de vida. Mas depois, na vida real sente-se que aquela política, aqueles discursos não são para nós, não dizem respeito à nossa vida. Quantas vezes não ouvimos algo por parte de um político que nos fez rir, que nos fez pensar “Mas em que mundo é que ele vive?”. A verdade é que os tempos são outros e os jovens de ontem, não são os jovens de hoje. Foram os jovens de ontem que tornaram o círculo político o que ele é, mas os jovens de hoje não sentem que esse círculo seja para eles. 

Os partidos são as ideias de alguém e esse alguém arranjou seguidores. Os jovens de hoje não se limitam a escolher duas ideias e deixar que o resto se resolva. Os jovens do hoje escolhem pessoas, escolhem vida e não um símbolo e alguns papéis. É natural que a política se tenha desenvolvido desta maneira. Há uns tempos foi mesmo necessária toda esta complexidade. Mas a política não pode parar no tempo e por isso a maior parte dos jovens desliga-se.

Por isso a juventude pouco se interessa, uns porque esperam a sua altura de agir, outros porque as asas lhe foram cortadas. Mas ainda há quem se interesse, ainda há quem, no meio de todo este círculo, acredite que pode mudar algo, que pode fazer algo pelo país. Veja-se, por exemplo no dia de eleições: quem está nas mesas de voto? Antigamente eram pessoas mais velhas, hoje já se vêem muitos jovens. Isto porque, apesar de não se manifestarem, eles existem e apenas necessitam do momento certo para se fazer ouvir.

Quando somos jovens temos um mundo ideal na nossa cabeça, queremos fazer tudo, mudar tudo e essa energia deve ser aproveitada. O problema é: “Como?”. Talvez seja um problema de educação. Os mais velhos dirão sempre que “ainda tu não eras nascido e eu já…”. É assim as asas da juventude vão sendo cortadas. Não se pode dizer a um jovem que ele não é capaz porque assim ele não é mesmo capaz. Mas se ele acreditar e se ele quiser, tudo há-de conseguir fazer!

Naturalmente toda esta realidade acaba por se reflectir nas eleições. Já que toda a gente fala disso: porque tanta abstenção? É simples: quando sentimos que não é nada connosco, que nada fará a diferença, como é que se pode esperar haja interesse? 

Sim, tudo soa a crítica. Mas é isto que os jovens são: críticos. Num mundo que supostamente é para eles, mas que não é deles.

Ana Noro, in revista Mundo Rural nº 538, pág. 10

sábado, 16 de abril de 2011

Get it Right - Glee





What have I done? I wish I could
Away from this ship goin’ under
Just tryin’ to help, hurt everyone
Now I feel the weight of the world is
On my shoulders


What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow


But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight


Can I start again with my faith shaken?
‘Cause I can’t go back and undo this
I just have to stay and face my mistakes
But if I get stronger and wiser
I’ll get through this


What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow


But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight


So I throw up my fist
I will punch in the air
And accept the truth that sometimes life isn’t fair
Yeah, I’ll send out a wish
Yeah, I’ll send up a prayer
And finally, someone will see
How much I care!


What can you do when your good isn’t good enough?
When all that you touch tumbles down?
‘Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow


But how many it times will it take?
Oh, how many times will it take for me?
To get it right
To get it ri-igh-ight


Escrito por Max Martin
Interpretação: Lea Michele  (Rachel Berry em Glee)

sábado, 9 de abril de 2011

A carta

É para ti.
Se a mereces? Não sei.
Gosto de acreditar que sim.
Gosto de lembrar aquele tempo em que tudo parecia tão simples. Quando não era preciso pensar no que vinha a seguir. Quando o que se passava à nossa volta não era importante. Quando os nossos encontros eram o melhor daquela semana. 
Gosto de relembrar as conversas, da tua voz agradável e da tua maneira de me olhar fazendo-me sentir a mulher mais bela do mundo. Para mim não havia melhor do que a tua presença a meu lado, do teu olhar malandro ignorando tudo o resto. 
Gosto de pensar no que seria se algo tivesse sido feito de maneira diferente, gosto de criar uma história alternativa, de viver num mundo paralelo em que o comportamento fora outro.
Não nos devemos prender ao passado, eu sei... Mas quando o passado foi tão forte não há mal em relembrá-lo, pois não?
Gosto da ideia de ti, do teu "eu" do passado e gosto de te ver ao longe e de sorrir pelo simples facto de que existes. Pode parecer demasiado forte mas foste um forte pilar para o que hoje sou. E, se hoje tenho orgulho de mim é graças a ti. 
É por isso que existe esta carta, há muito na minha cabeça. Mas que merece maior destaque. Merece que todo o mundo saiba do quão importante uma pessoa pode ser.
E é a pensar no nosso antigamente que continuo, porque apesar de tudo, gosto de acreditar que também o fazes constantemente. E a prova disso é o teu sorriso malandro quando passas por mim, como se nada tivesse mudado.
Se guardo rancor? Não, tudo na vida tem um sentido.

Se fui feliz? Fui, muito...
Se sou feliz? Sou, porque te conheci.
Serei feliz? De certeza, foste tu que ensinaste...


Esta carta é dedicada. A quem? Não interessa, é dedicada...